segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Trilogia do Quinto Pesadelo ... (poesias de Dill)

MONÓLOGO PLATÔNICO

Escrever coisas bonitas?
não, dessas não escrevo
prefiro vivê-las, um dia;

No entanto e por enquanto, o que faço
é relatar meu divergente modo de viver
e pensar a existência humana

Quando te olho e te vejo
tão bela ao meu gosto
imagino que também sois apaixonada por ti

Eis o cataclismo da admiração pela paixão
se torna logomarca
e logo marca

Eu, do meu lado
Intenso colecionador de amores inalcançáveis
me canso de véspera e te perco de antemão

Assim, sem me indagar
sobre o que de alguma forma
te fez me por algum reparo

Sou só estilhaços
O cremado social
De natureza possessiva
E catalisador de defeitos humanos
por excesso de

Mas só para ver no que vai dar
o desbocado volta a atacar
a liberdade devastadora
de descobertas juvenis inconseqüentes e “puras”

Às vezes sou o pesadelo do leve pesadelo
Às vezes não;
Às vezes sou amor, bondade
e busca da longínqua perfeição

Embalagem de pedra
Mas soprado pelo vento
Caio, semeio, e não colho
O que vejo nos teus olhos agora,
E em tantos outros antes e depois

Quero que sejas eternamente liberdade
E mesmo assim que me venha
Com teus devaneios
Demonstrando tua meta

Que seja eu, eu...
Eterno controle
E mesmo assim que te tivesse
Sendo nós atrozes devaneios
Mas nos tendo como meta

Logo penso se acredito em tudo isso
Não! Eu nada creio!
Sou só sentimentos
Meu racional, plástico bolha

Meu corpo champagne pós rolha
Depois da explosão;
Espuma que só cai e atordoa

***
A REAL DAQUELE MONÓLOGO PLATÔNICO

Escrever coisas bonitas?
dessas coisas para você eu escreveria
para isso vivermos um dia;

No entanto e por enquanto, o que faço
é um ensaio no meu divergente modo de viver
e pensar a existência humana

Quando te olho e te vejo
tão bela ao meu gosto
imagino que também sois apaixonada por ti

Eis a maravilha de se saber metade amor
e a outra metade também
se torna amor próprio
e logomarca

Eu, do meu lado
Intenso colecionador de amores inalcansáveis
Não me canso de te admirar de antemão

Assim, sem me indagar
Se alguma coisa
te faz me por algum reparo

Me torno só reverências
O amante social
De natureza bonita
E aniquilador de defeitos humanos
perdendo o excesso de...

E sem saber no que vai dar
volto a cortejar
a tua liberdade avassaladora
de descobertas juvenis inconseqüentes e puras

Talvez eu seja o pesadelo do teu pesadelo mais bonzinho
Ou não;
Pode ser que eu seja amor, bondade
e busca da longínqua perfeição

Embalagem de pedra
Mas soprado pelo vento
Caio, semeio, e colho
O que vejo nos teus olhos agora,
Como nunca em outros antes ou depois

Quero que sejas eterna liberdade
E mesmo assim que me venha
Com teus devaneios
Demonstrando tua meta

Que seja eu eterno controle
E mesmo assim que a tenha
Sendo nós atrozes devaneios
Mas alcançando nossas metas

Dessa forma sinto que acredito em tudo isso
Justo eu, que muitas vezes nada creio
Passo a ser só sentimentos
E digo adeus ao meu racional plástico bolha

Meu corpo champangne pós rolha
Controla a explosão;
E a espuma que cai não atordoa.
***
Mais uma vez...
Estou gostando de alguém...será o meu fim?
Ela diz tudo amar ...
Mas não sei ao certo o que sente por mim...

Ela tem um jeito livre de ser
Com a alegria e tristeza faz par
E sorve o meu coração que quase para de bater

Já lhe disse que a amo
Mas ainda não sei se sei amar...do seu jeito
Ou como se deve o tambor dentro do peito

Mas se ela quer me “ensinar”
Estou a seu dispor
Assim como a vida para a morte

O azar para a sorte
O corpo para o caixão
O vapor para a chuva
A parreira para a uva

Tenho alguns bons anos
de tremores internos
Nenhuma intenção de usar um terno
E muito menos de viver dias amarelos

Meu amor; será enterrado vivo?
Seguirá a se debater no fundo de uma caverna?
Dentro de um livro ou num balcão de uma taverna

Já lhe disse que a amo
Dos seus atos não reclamo
Mas corre nas minhas veias
O macabro dos anos

Porém me digo no fundo da alma
Não acredito em escritas na palma
Em ditados dos anos
Muito menos em dias planos

Ou só de chuva
Estações só de inverno
O mesmo céu que me ilumina ao meio dia
À noite em mil sóis me alivia
***

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